quinta-feira, 19 de maio de 2011

EUA X JAPÃO – A HISTÓRIA SE REPETE

No dia seis de agosto de 1945, o General Douglas MacArthur lança sobre Iroshima a primeira bomba atômica, destruindo milhares de civis, entre eles crianças e idosos, deixando uma herança radioativa para muitas gerações, numa clara demonstração de poder dos americanos. Estava inaugurada a era atômica.
Esse ato contra a humanidade e especialmente contra o povo japonês (não sei de nenhum desses agentes que passou pelos tribunais de Nuremberg) seguiu a risca os princípios maquiavélicos, onde ele sugere que o conquistador deve exercer todo seu poder de crueldade de uma só vez, pois o tempo se encarrega de apagar essas crueldades à medida que esse novo dominador vai lhe oferecendo algumas benesses em doses homeopáticas, e, em pouco tempo passam a adorá-lo, fato evidente na população jovem japonesa, com seus novos hábitos e costumes americanizados.
No pós-guerra os Estados Unidos fez vários afagos e ajudou o Japão que ele mesmo destruiu a se recompor, com ajuda financeira e transferência de tecnologias, dentre elas, o uso de energia nuclear, tão necessário para que o país pudesse atingir o status de grande potência mundial nas últimas décadas. Claro, não podemos deixar de destacar o trabalho dos japoneses com sua tradicional competência, disciplina e organização.
Sessenta e cinco anos depois, a história se repete, dessa vez sem nenhum ato de prepotência ou de arrogância militar, mas tendo como epicentro da crise, a radiação nuclear novamente, só que dessa vez provocada pelos estragos causados por uma catástrofe natural no reator nuclear de uma usina construída com a tão respeitada tecnologia americana (General Electric).
A grande diferença desses dois momentos históricos é o comportamento humano. No primeiro, além do abandono comum aos derrotados, os heróis foram os que tiraram a vida de milhares de pessoas num ato desumano e desnecessário e neste momento, os heróis são aqueles que estão colocando em risco suas vidas para salvar milhões de pessoas, contando ainda com a solidariedade de outras nações.
Mesmo com a solidariedade e colaboração técnica de vários autores da comunidade mundial, ainda fica uma pergunta. Quantas vítimas da radiação serão contadas desta vez e o que será feito a partir de agora para que isso não ocorra mais?

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